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Produção Pecuária no Paraguai
USDA Foreign Agricultural Service
Sementes JC Maschietto
Artigo publicado na Revista JC Maschietto nº 11, junho/2013

Enviado por COVEPA S.A. (www.covepa.com.py), distribuidora da JC Maschietto no Paraguai

A exportação de carne do Paraguai atingiu 300.000 toneladas em 2012, volume similar ao recorde de vendas externas de 2010. Devido à expansão do rebanho local nos últimos anos, espera-se um aumento na produção de carne, permitindo que os frigoríficos ganhem competitividade ao conseguir suprir uma maior demanda externa.

O negócio tem sido muito rentável nos últimos anos, fomentando grandes investimentos nos campos e fazendas e contribuindo para o aumento do rebanho. Ao final de 2012 estima-se que o número de bovinos chegou a 13 milhões, enquanto o consumo doméstico daquele país de carne bovina continua crescendo. Estimativas apontam que o rebanho bovino cheguará a 20 milhões em 2020.

A produção de carne paraguaia atingiu cerca de 520.000 toneladas em 2012, recuperando-se da redução de abates de 2011 devido à seca de 2009/2010. Os produtores estão retendo mais gado devido às boas condições em que se encontram as pastagens e a fortes investimentos no setor pecuário. Um maior número de matrizes está sendo retido com o objetivo de aumentar o rebanho.
Boas condições sanitárias, forte demanda externa, além de uma oferta limitada de países que são fornecedores históricos do terceiro mundo estão oferecendo grandes oportunidades para a carne paraguaia no setor pecuário. Espera-se que o rebanho continue crescendo, provendo maior quantidade de animais para abate.

Existem 10 grandes frigoríficos locais com altos padrões sanitários autorizados para exportação. Estas plantas são inspecionadas anualmente por vários órgãos sanitários estrangeiros que importam carne do Paraguai. A maioria dos frigoríficos são de propriedade de paraguaios, enquanto 3 deles são administrados por brasileiros. Estima-se que os frigoríficos estão operando com cerca de 60-70% de sua capacidade. Não existe nenhum anúncio sobre grandes investimentos neste setor, à exceção de uma certa expansão das instalações já existentes para viabilizar um aumento nos abates e da capacidade de armazenamento das câmaras frigoríficas.

Um dos maiores motivos para a expansão do setor pecuário é o aumento nas exportações, que representam atualmente cerca de 60% da produção total de carne. Em 2005 o preço médio da carne exportada era de US$ 1.767 por tonelada, enquanto a média de 2011 foi de estimados US$ 4.845/tonelada. O baixo custo de produção, devido ao modelo baseado em pastagens, os baixos preços das terras comparados ao de países vizinhos, a possibilidade de expansão através de abertura de novas áreas e a oportunidade de melhorar significativamente a produtividade (especialmente na parte de cria) têm atraído muitos investidores do Paraguai, Brasil, Uruguai e Europa. O retorno é atraente, assim como o investimento em bens de raiz, devido à constante valorização das terras.

Entre 2010 e 2011 cerca de 500.000 hectares de pastagens naturais foram convertidas em pastagens sub-tropicais de alta produtividade na região do Chaco (ocidental). Nesta zona há aproximadamente 4 milhões de hectares adicionais onde podem ser implantados estes mesmos tipos de pastos.

Na parte oriental do país, onde a produção agrícola está se expandindo rapidamente, os produtores também aumentaram seu rebanho ao apostar em sistemas mais intensivos, aumentado o número de animais por hectare. O uso de silagem de milho e sorgo está ganhando popularidade entre os produtores maiores. Novilhos destinados à exportação são comercializados normalmente com 450-470kg, tendo ganhado os últimos 100-120kg sobre pastagens com algum tipo de suplementação protéica energética.

A produção em confinamentos é ainda bastante incipiente, pois os custos de engorda são significativamente maiores do que no modelo a pasto. Enquanto houver grandes extensões de terras que possam ser convertidas em pastos o desenvolvimento de confinamentos será limitado. Os produtores locais indicam que a maior parte da carne é e será produzida em sistemas naturais.

Além da abertura de novas áreas para a exploração pecuária, os produtores estão investindo fortemente na melhoria da genética do rebanho (em raças como Nelore, Brahman, Brangus e Braford), no amplo uso de inseminação artificial, máquinas e equipamentos (sobretudo para a alimentação), cercas, estradas, água, etc.

Existem ao redor de 130.000 pecuaristas no país, e milhares de novos produtores entram no negócio todos os anos. Cerca de 20.000 produtores representam o núcleo do setor – dentre os quais 2.500 possuem rebanhos de mais de 1.000 cabeças – ostentando mais de 60% do total do rebanho paraguaio.

Segundo a OIE (Organização Mundial de Sanidade Animal), o estado sanitário do Paraguai é livre de aftosa com vacinação e tem um “risco insignificante” (o mais baixo possível) para a encefalopatia espongiforme bovina (mal da vaca louca).

O Paraguai tem um sistema de rastreabilidade bovina chamado SITRAP, através do qual cerca de 750 produtores, que representam 2,2 milhões de cabeças, podem certificar o processo de produção de suas fazendas. O processo é requerido para a exportação de carne bovina para a União Européia. O serviço sanitário do Paraguai segue trabalhando com a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para poder exportar carne bovina fresca e termo-processada para o mercado americano. O Paraguai acaba de inaugurar seu primeiro laboratório de bio-segurança, o qual permitirá a detecção e resposta rápida ante qualquer surgimento de enfermidades.



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