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Desafios e oportunidades na Agropecuária em Angola
José Alexandre Silva (*)
Artigo publicado na Revista JC Maschietto nº 10, junho/2012

Angola é um país situado na costa do Atlântico Sul da África Ocidental, com uma área de 1.246.700 Km2 e cerca de 16 milhões de habitantes. A sua riqueza provém do seu solo e subsolo. Há parte importante do seu solo com ótimas condições para a atividade agrícola, mas não explorado, e outro já explorado de uma forma deficiente pela falta de formação técnica dos agricultores.

Este país é a maior bacia hídrica da África Subsaariana e as suas terras estão sedentas de serem trabalhadas para poder alimentar a sua população e populações vizinhas (Namíbia, Zâmbia e Congo, entre outros países). As altitudes no interior variam entre 1.000 e 2.000m, sendo a estação das chuvas no período de Outubro a Maio, condições favoráveis ao ramo da Agropecuária, sector que se encontra nos primórdios de desenvolvimento.

Aproximadamente 90% da carne consumida tem a sua proveniência do exterior, bem como grande parte dos produtos alimentares de primeira necessidade. Aqui podemos descobrir uma dificuldade que, num futuro mais ou menos breve, será uma grande oportunidade.

A agricultura foi abandonada a partir de 1975 devido à guerra. Apesar de já ter estado na linha da frente na produção de café, algodão, sisal, arroz e carne há 40 anos, o país viu desmantelada sua estrutura produtiva por questões políticas. Com a estabilização da sociedade, a partir de 2002, esta potência começa a acordar e querer dar os primeiros passos.

Nesta ótica – e para apoiar este projeto de reconstrução, acreditando num futuro próspero – foi criada a Agrozootec, distribuidora de insumos e equipamentos. Seu mentor, Fernando Teles – empresário e também pecuarista, encontrou inúmeros obstáculos nas suas fazendas, a exemplo de tantos outros pecuaristas que tentam dar força a este sector de atividade.

Dentre os obstáculos que motivaram a criação da Agrozootec destacam-se:

  1. Dificuldades para a aquisição de insumos com qualidade compatível, a preços justificáveis e recebê-los em tempo hábil para sua utilização no campo.
  2. Carência de informações técnicas para o emprego destes insumos, contribuindo para seu mal uso e para a consequente desmotivação do agricultor / pecuarista.
  3. Dificuldade para a obtenção de assistência técnica de máquinas e equipamentos (tratores, semeadeiras, colheitadeiras, entre outros) adquiridos.
  4. Inexistência de estoques reguladores de peças de reposição por parte dos importadores dessas máquinas, o que pode causar a parada destes equipamentos por meses a fio.

Para contrapor-se a essa situação a Agrozootec procurou estabelecer relacionamentos com parceiros que ultrapassassem os aspectos comerciais, envolvendo fornecedores com ampla experiência em seus ramos de atuação e comprometidos com o intercâmbio técnico para a utilização de seus produtos na realidade de produção encontrada em Angola.
Várias iniciativas técnicas conjuntas da Agrozootec com estes parceiros já foram realizadas ou estão programadas.
Além disso, para o caso de máquinas e equipamentos, a empresa reserva 10% de seu orçamento de importações para a aquisição de peças de reposição, garantindo mais tranquilidade a seus clientes.
Estratégias como estas são de fundamental importância para a Agropecuária em Angola. Este input tecnológico é o grande motor de arranque para o desenvolvimento deste negócio. Empresas prestadoras de serviços e equipamentos devem fornecer soluções técnicas e ter capacidade de resposta ao cliente final, para que este, mecanizando o seu negócio, encontre produtividade e rentabilidade.



Duas realidades contrastantes em Angola: a pecuária tradicional, de baixa tecnologia e baseada na ação de pastores, deve ceder espaço nos próximos anos para a atividade mais intensiva e tecnificada.

Desafios e oportunidades
São inúmeras as dificuldades no desenvolvimento da Agropecuária em Angola. Fatores como: ausência de infraestruturas (armazéns, silos, cercas), pastagens formadas, efetivo animal, programas de sanidade e produtos imunológicos e terapêuticos, grãos e alimentos compostos.

Contrariando o referido existe a base: água, terrenos férteis e o passado recente, que prova que é possível criar um gigante produtor, que sirva de exemplo regional e impulsione o desenvolvimento através da criação de emprego e aumento da qualidade de vida da sua jovem população.
(*) José Alexandre Silva é Médico Veterinário e sócio Diretor da Agrozootec, Lda., que distribui as sementes da JC Maschietto em Angola, entre outros insumos e equipamentos. Seu e-mail é josealexandresilva@hotmail.com.

O investimento na Agropecuária ainda está no seu início. O Estado Angolano e a banca comercial estão empenhados no fomento do segmento, mas a falta de mão-de-obra qualificada e investidores conhecedores e experimentados são entraves atuais para o sucesso de todo este sector de atividade.
Na realidade sinto-me um privilegiado por estar em Angola e ajudar a desenvolver a Agropecuária tanto nas fazendas como no agronegócio, pois reconheço neste País muito potencial e vontade de crescer e evoluir, tendo no entanto consciência de que existe uma demanda de investidores e mão-de-obra que acelerem este processo de reconstrução e explorem de uma forma positiva Angola.
Fernando Teles
Presidente do Banco BIC Angola, pecuarista e sócio da Agrozootec, Lda.

Com uma área equivalente à do estado do Pará, Angola tem atraído a atenção de pecuaristas brasileiros por seu enorme potencial ainda não explorado e pela similaridade em muitos aspectos com as condições de produção do Brasil. Basta lembrar que as gramíneas forrageiras braquiárias e panicuns, que foram selecionadas no Brasil e disseminadas pela América Latina, são originariamente africanas.
Além das muitas iniciativas de exploração pecuária conduzidas por investidores brasileiros, há um intenso e crescente intercâmbio de experiência e pessoas entre os dois países. Viajando pelo interior de Angola não é difícil ouvir o idioma português com o sotaque brasileiro, levado por profissionais de diferentes áreas ligadas à pecuária que foram se envolver neste apaixonante projeto de reconstrução de um país que já foi considerado o ‘celeiro da África’, mas que devido à guerra encerrada há pouco mais de 10 anos vê-se diante do desafio de reconstruir sua estrutura de produção agrícola e pecuária.
Quem visita Angola pela primeira vez tem em geral duas reações possíveis e distintas: alguns, vindos de regiões onde a estrutura produtiva já está consolidada, podem sentir-se intimidados pela magnitude dos desafios que se apresentam para os que lá se estabelecem. Outros, diante da mesma visão, sentem-se empolgados pelas oportunidades de grandeza ainda maiores que este cenário oferece.
Nós fazemos parte deste segundo grupo.
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